Podcast | Index Sonoro (2ª temporada)
Está no ar a 2ª temporada do podcast Index Sonoro, produzido por estudantes de Biblioteconomia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A nova leva de episódios aprofunda debates fundamentais sobre gênero, memória, acessibilidade e representações sociais no universo da comunicação, reforçando a missão educomunicativa do projeto.
Neste novo ciclo, o Index Sonoro aprofunda uma série de debates essenciais para a comunicação contemporânea. Os episódios exploram o documentário como instrumento de memória e informação, evidenciam o papel das bibliotecas sonoras na promoção da acessibilidade, analisam os impactos das fake news visuais e da desinformação digital, e discutem o audiovisual como linguagem estruturante da informação. A temporada também apresenta reflexões sobre audiodescrição, leitura falada e inclusão digital em bibliotecas, além de abordar criticamente as representações de gênero, raça e território no cinema e na televisão. Com uma abordagem atual, educativa e socialmente comprometida, o podcast amplia o diálogo sobre práticas informacionais, inclusão e justiça social.
A produção segue sob a orientação do Prof. Me. Saylon Sousa (GPECOM/COMULTI), mantendo sua proposta de unir aprendizagem acadêmica e engajamento social. Todos os episódios estão disponíveis nas principais plataformas de streaming — como Spotify, Deezer — e também no portal da Rádio Híbrida.
EPISÓDIO #01 – Ferramentas de IA na disseminação do conhecimento
As ferramentas de inteligência artificial e voz sintética têm ampliado as formas de disseminação do conhecimento, permitindo a criação de audiobooks, podcasts automatizados e recursos de leitura acessível que favorecem a inclusão de pessoas com deficiência visual ou dificuldades de leitura. Ao mesmo tempo em que potencializam a personalização e o acesso à informação, essas tecnologias suscitam debates éticos sobre autenticidade, direitos autorais e substituição de profissionais humanos. O desafio está em equilibrar inovação e responsabilidade, assegurando que as vozes artificiais contribuam para a democratização do conhecimento e não para a perda de confiança nas mediações informacionais.
- Produção e Apresentação: Biolene Rodrigues; Jean Baryston Teixeira; Maiara Ramalho Soares e Nayra de Jesus
- Direção e Sonoplastia: Prof. Me. Saylon Sousa
EPISÓDIO #02 – O documentário como instrumento de memória e informação
O documentário é uma poderosa ferramenta de registro, interpretação e difusão da realidade. Ao unir elementos jornalísticos, artísticos e educativos, ele atua como um instrumento de memória, preservando relatos, experiências e acontecimentos que compõem a história social e cultural de um povo. Mais do que documentar fatos, o gênero busca construir sentidos sobre o mundo, convidando o público a refletir sobre diferentes perspectivas. Como meio de informação, o documentário possibilita o aprofundamento de temas de interesse público, oferecendo uma narrativa crítica e contextualizada, capaz de romper com a superficialidade do noticiário cotidiano. Sua linguagem, que combina imagem, som e testemunho, favorece o acesso ao conhecimento, o direito à memória e o exercício da cidadania, transformando-se em um espaço de escuta, visibilidade e reconhecimento de vozes muitas vezes silenciadas.
- Produção e Apresentação: Ana Beatriz Collins; Gracyelle Layane; Lenira de Sousa; Yasmin Cavalcante
- Direção e Sonoplastia: Prof. Me. Saylon Sousa
EPISÓDIO #03 – Bibliotecas Sonoras: acessibilidade por meio do som
As bibliotecas sonoras representam uma importante estratégia de democratização do acesso à informação, ao conhecimento e à cultura. Por meio do som, elas ampliam as possibilidades de leitura e inclusão, especialmente para pessoas com deficiência visual, dislexia ou dificuldades de leitura tradicional. Mais do que simples repositórios de áudios, essas bibliotecas constituem espaços de escuta ativa, onde a voz e a oralidade tornam-se instrumentos de mediação educativa e cultural. Com acervos que incluem audiolivros, podcasts, radionovelas e registros orais, as bibliotecas sonoras contribuem para a formação de leitores auditivos, estimulando a imaginação e o pensamento crítico. Elas também fortalecem a ideia de que o conhecimento pode ser acessado por diferentes sentidos, promovendo acessibilidade, diversidade e inclusão social por meio da escuta.
- Produção e Apresentação: Alany Estrela Silva; Julia Fontenelle; Mariana de Sena; Valeria Cristina
- Direção e Sonoplastia: Prof. Me. Saylon Sousa
EPISÓDIO #04 – Fake news visuais e desinformação no ambiente digital
As fake news visuais tornaram-se um dos fenômenos mais preocupantes do ecossistema digital contemporâneo. Manipulações de imagens, vídeos e elementos gráficos — como montagens, deepfakes, alterações de contexto ou uso indevido de símbolos visuais — ampliam o poder de persuasão da desinformação, explorando a credibilidade que o usuário costuma atribuir ao conteúdo visual. No ambiente digital, onde a circulação é acelerada e altamente emocional, essas peças falsas ganham força pela aparência de veracidade e pela facilidade de compartilhamento. A desinformação visual impacta diretamente a formação de opinião, a confiança em instituições e a percepção da realidade, afetando debates públicos e até processos democráticos. Por isso, torna-se essencial desenvolver letramento midiático e informacional, capacitando usuários a identificar sinais de manipulação, verificar fontes, analisar metadados e compreender a lógica algorítmica que favorece a viralização de conteúdos enganosos. Combater as fake news visuais exige uma combinação de educação crítica, responsabilidade comunicacional e políticas de transparência nas plataformas digitais.
- Produção e Apresentação: Juliana Campelo; Thais Christina Inbiriba; Keury Kawanny; Dancleide de Oliveira; Rutiane da Silva Brazão
- Direção e Sonoplastia: Prof. Me. Saylon Sousa
EPISÓDIO #05 – O audiovisual como linguagem da informação
O audiovisual consolidou-se como uma das linguagens centrais da comunicação contemporânea, articulando imagem, som e narrativa para construir e transmitir informações de forma dinâmica, sensorial e acessível. Sua força está na capacidade de combinar elementos visuais e sonoros que, juntos, ampliam a compreensão e favorecem a retenção de conteúdos, tornando-o um recurso fundamental para jornalismo, educação, publicidade, entretenimento e comunicação institucional. Como linguagem da informação, o audiovisual não apenas mostra, mas interpreta a realidade. A montagem, a escolha de planos, o ritmo e a trilha sonora funcionam como dispositivos de sentido que orientam o olhar do público e influenciam a leitura dos fatos. Em um contexto marcado pela cultura digital e pelo consumo acelerado de vídeos, dominar os códigos do audiovisual — tanto para produzir quanto para analisar criticamente — torna-se essencial para a participação cidadã, o acesso à informação e a construção de uma comunicação mais democrática.
- Produção e Apresentação: Ana Luisa Morais; Anna Beatriz Souza; Anne Caroline; Maria Eugênia.
- Direção e Sonoplastia: Prof. Me. Saylon Sousa
EPISÓDIO #06 – Audiodescrição, leitura falada e inclusão digital em bibliotecas
A presença de audiodescrição e leitura falada nas bibliotecas amplia o direito de acesso à informação, fortalecendo práticas de inclusão digital para pessoas com deficiência visual, baixa visão, dislexia ou outras barreiras de leitura convencional. A audiodescrição, ao transformar elementos visuais em narrativa verbal clara e objetiva, permite que obras literárias, documentos, filmes, imagens e exposições sejam plenamente compreendidos por quem depende da escuta para acessar o conteúdo. Já a leitura falada — realizada por locutores, voluntários ou sistemas automatizados — converte textos escritos em experiência sonora, oferecendo uma alternativa acessível e sensorial ao ato de ler. Essas práticas, incorporadas a bibliotecas físicas e digitais, contribuem para a construção de ambientes informacionais verdadeiramente inclusivos. Mais do que oferecer arquivos em áudio, elas promovem autonomia, estimulam o hábito de leitura auditiva e fortalecem políticas de acessibilidade cultural e educacional. Ao integrar tecnologias assistivas, acervos sonoros, plataformas digitais acessíveis e formação de mediadores, as bibliotecas tornam-se espaços de equidade, participação e democratização do conhecimento por meio do som.
- Produção e Apresentação: Camila Valesca Cabral; Eduarda da Silva; Mariangela Sousa; Vanessa Teresa de Fátima
- Direção e Sonoplastia: Prof. Me. Saylon Sousa
EPISÓDIO #07 – Representações de gênero, raça e território no cinema e na TV
As representações de gênero, raça e território no cinema e na televisão desempenham papel central na construção de identidades, imaginários sociais e relações de poder. Ao selecionar quais histórias contar, quem pode protagonizá-las e como determinados grupos são enquadrados, essas mídias moldam percepções coletivas sobre feminilidades, masculinidades, negritude, povos indígenas, periferias e demais marcadores sociais da diferença. Quando essas narrativas reforçam estereótipos, silenciam experiências ou invisibilizam sujeitos, contribuem para perpetuar desigualdades e violências simbólicas. Por outro lado, produções que adotam perspectivas plurais e críticas têm o potencial de reconfigurar olhares, ampliando a diversidade de corpos, culturas e territórios representados. O audiovisual torna-se, assim, espaço estratégico para tensionar discursos hegemônicos, promover justiça representacional e valorizar narrativas que historicamente foram marginalizadas. A democratização da produção — impulsionada por políticas de fomento, coletivos criativos, plataformas digitais e movimentos sociais — fortalece um cinema e uma TV mais inclusivos, capazes de dialogar com realidades complexas e contribuir para sociedades mais equitativas.
- Produção e Apresentação: Diego de Jesus; Patrícia Ferreira; Tassia Costa; Vitória Rodrigues
- Direção e Sonoplastia: Prof. Me. Saylon Sousa
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