A disseminação de fake news e a desinformação nas redes sociais influenciaram a construção de narrativas sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia. O contexto digital atual, marcado pela instantaneidade e pela superficialidade na leitura de notícias em dispositivos móveis, cria terreno fértil para clickbaits e para a circulação de informações falsas, afetando a percepção pública e a credibilidade das fontes jornalísticas. Os objetivos do estudo centram-se em analisar o impacto da desinformação na construção de narrativas sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, utilizando o formato de podcast como meio de exposição e reflexão crítica.

O Comunicast, uma produção das discentes de Jornalismo da UFMA, Ananda Bastos e Joseane Frazão analisa as origens históricas e os elementos geopolíticos do conflito, abordando as tensões derivadas do passado compartilhado entre os dois países, a anexação da Crimeia e as reivindicações russas de proteção dos russos e dos separatistas na Ucrânia. Além disso, o trabalho ressalta como a velocidade das redes sociais e a multiplicidade de fontes de informação contribuíram para a criação de um ambiente de pós-verdade, onde apelos emocionais e narrativas pré-estabelecidas substituem a verificação dos fatos. Confira os episódios!

Episódio 1 – Jornalismo de Guerra: a desinformação como arma

Neste primeiro episódio, discute-se o papel da desinformação em contexto de guerra, com ênfase no conflito entre Rússia e Ucrânia. O professor Ed Wilson, doutor em comunicação, comenta o assunto explicando como informação e desinformação se revelam como armas em busca de apoio ideológico do público, além de inúmeros propósitos para  testar força e fraqueza dos envolvidos.

Episódio 2 – Mentiras em tempo real: O papel da desinformação na construção de narrativas nas mídias digitais

Para falar da construção de narrativas na mídias digitais, contamos com a presença  da professora Rakel de Castro, doutora comunicação, que neste episódio esclarece por que a desinformação  nas mídias digitais é tão poderosa em contextos de guerra. Comenta-se sobre a forma das pessoas se relacionarem com os dispositivos digitais; os interesses das Big Techs por trás da manutenção da desinformação em suas plataformas; e  quais possíveis estratégias de educação crítica midiática seriam necessárias e possíveis aqui no Brasil.

Episódio 3 – Ruído e verdade: O viés psicológico da desinformação

Fechando o debate sobre desinformação como ferramenta de construção de narrativas, neste episódio, dialogamos com a psicóloga e professora, Nádia Prazeres. A professora traz reflexões sobre os impactos sociais e psicológicos da desinformação na vida das pessoas, explicando como a ambiência de pós-verdade facilita e alimenta o ciclo da desinformação.